As mudanças climáticas que observamos no planeta inteiro com o gradual e continuo aquecimento da atmosfera e dos oceanos devido a alta concentração dos gases do efeito estufa que torna a atmosfera mais ativa, intensificando gradualmente eventos como fortes chuvas, ciclos de secas, maior número de furações e tufões também tem afetado o Brasil e, entre todos os estados, Santa Catarina e Rio Grande do Sul vem sofrendo com maior intensidade os efeitos do aquecimento global. Há alguns anos atrás o Rio Grande do Sul sofreu um grande ciclo de secas que deteriorou bastante a economia agropecuária da região. O estado de Santa Catarina já sofreu outras enchentes anteriormente, mas nunca com a intensidade como a de Novembro de 2008.
O país precisa aprender com este trágico evento climático e preparar-se para o futuro. O estado não pode apenas mostrar-se presente à luz dos holofotes da impressa, e necessário que haja um planejamento para lidar com esta nova realidade que está se formando com as mudanças climáticas. O PAPEL DO ESTADO somente com o socorro emergencial às vitimas de calamidades ainda é pouco. Necessário é evitar, senão amenizar, as calamidades causadas pelas mudanças climáticas preparando a sociedade e a economia para enfrentá-las, já que teremos que conviver por algumas décadas com os efeitos do aquecimento global. Cabe ao estado inserir as possíveis consequências das mudanças climáticas em seus planos de desenvolvimento econômico e de infraestrutura, sob pena de ver sua sociedade e economia periodicamente afetadas por eventos climáticos extremos. O estado de Santa Catarina teve sua economia paralisada com estas fortes chuvas, inclusive com o fechamento do importante porto de Itajaí. Já o Rio Grande do Sul ficou por alguns dias sem uma importante fonte de energia, o gás natural, devido ao rompimento do gasoduto que passa pela região afetada pelas fortes chuvas em Santa Catarina, isto sem contar a tragédia social com centenas de mortes e milhares de desabrigados. Outros países já se conscientizaram que é necessário abrandar, ou seja adaptar-se à natureza e prevenir-se contra os efeitos catastróficos. Claro que não podemos comparar a capacidade de investimento de um pais como o Reino Unido com a do Brasil, mas é certo que é sempre muito mais barato prevenir do que remediar. O Brasil precisa, entre outras, tomar medidas como maior fiscalização na ocupação do solo urbano para que não seja permitido construir em áreas de risco como encostas, ou a beira de rios, e mangues; maior fiscalização e orientação na construção predial, para que estejam adaptadas a um clima mais rigoroso; de maior fiscalização no controle de queimadas e desmatamento da Amazônia e de outros importantes biomas do Brasil, já que o País é o 4º maior emissor de CO2, devido principalmente a queimadas na Amazônia; além do desenvolvimento de novas técnicas de construção e adaptação de portos, rodovias, redes de transmissão de energia, dutos e gasodutos, para que sejam adaptadas para resistir aos efeitos de uma atmosfera mais ativa. Importante não deixar de criar estratégicas reservas hídricas e contribuir para a conservação de água para as grandes cidades e para a agricultura, a fim de gerar prevenção diante de eventuais chuvas irregulares. É importante observar que os efeitos climáticos também provocam secas na Região Sul do Brasil.
Ouça a explicação da Tecnóloga em em Gestão Ambiental Valéria Rosa:
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